
O "Jornal do Brasil" vai deixar de publicar sua edição impressa no próximo dia 1o de setembro depois de 119 anos de história.
O principal motivo é uma crise financeira que se arrasta há aproximadamente 20 anos.
O diário carioca foi protagonista de uma reforma de conteúdo e aparência que marcou o jornalismo impresso no Brasil no início dos anos 60 comandada pelo jornalista Janio de Freitas.
Foi também o pioneiro na edição de uma revista semanal, a "Domingo", em meados da década de 70.
Minha relação com o JB durou sete anos [1988-1995] e foi marcada pela boa cobertura da eleição presidencial de 1989. Na época por prazer e dever de profissão eu lia diariamente os quatro principais jornais brasileiros, os cariocas JB e Globo, e os paulistas Estadão e Folha.
A cobertura daquela eleição teve no JB as análises e as informações mais equilibradas entre os quatros jornais.
Na primeira metade dos anos 90 já era possível detectar a perda de qualidade do jornal.
Nestes anos de internet e informação instantânea, me sinto como um dos últimos apreciadores da "imprensa de papel" e suas análises mais apuradas dos fatos, por isso lamento a queda de um dos seus bravos representantes.
Deixo aqui meu registro e meu respeito por um dos meus professores dos fatos da vida, durma em paz JB.
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